Visualizando mensagem do blog

CUMADE FULÔZINHA - O FILME

O Programa Liberdade de Expressão do dia 24 de setembro de 2007, às 19h30, com apresentação de Miguel Farias, na TV Nova, canal 22 - Net 45 ou 58 e Cabo Mais - Canal 20, vai conversar sobre uma das Lendas e Mistérios do "Recife Assombrado": A CUMADE FULOZINHA.
Vamos trazer todo o elenco do filme, produzido pelo Ademir Paulo. Visitamos o site do "Recife Assombrado" e estamos postando a lenda prá voce começar a conhecer um pouco do filme, porque a conversa com produtores e elenco, voce vai conhecer durante o programa. Vamos lá: conheça a lenda, porque o Recife tem dessas coisas... assombrações que embelezam a cena da cidade.


"Cumade Fulozinha", sim senhor!
Por Roberto Beltrão
Há quem vá torcer o nariz e dizer que o nome correto é “Comadre Florzinha”. Discordo! As pessoas que conhecem bem do que a tal figura mágica é capaz a chamam de “Fulozinha" mesmo. E para o povo ela é uma “Cumade”, assim, com “u” e “de”
Tal entidade é descrita como uma caboclinha ágil, com olhos escuros e vivos, de longa cabeleira negra caindo pelas costas - cabelos lisos às vezes usados como chicote, às vezes para agarrar presas, como tentáculos. O maior folclorista brasileiro, o potiguar Luís da Câmara Cascudo, afirmou que a Cumade Fulôzina é um mito típico do Litoral e da Zona da Mata de Pernambuco, embora também seja conhecido na área canavieira de Alagoas. Os que tiveram um encontro com ela, testemunharam uma personalidade zombeteira; na maioria das situações era malvada; em alguns casos, prestimosa.
Sua principal diversão é fazer tranças difíceis de desemaranhar em crinas e caudas de cavalos ou em cabelos de meninos e meninas que vagam pelos matos depois de serem desobedientes com os pais. É agressiva com os caçadores que judiam dos animais ou que matam bichos por diversão e não para alimentar a família. O castigo para eles é a desorientação: a Cumade os faz ficarem perdidos por horas. Mas são os que entram na floresta e dizem em alto em bom som que não acreditam na Fulozinha que merecem a pior punição. Levam surras violentas sem saber de onde vêm os golpes.
Quando era criança, nas férias, eu ia sempre visitar meus avós maternos que moravam no interior. Viviam no povoado em torno da Usina Pedrosa, que fica próxima ao município de Cortês, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Meu avô era químico da fábrica de açúcar e de álcool. Minha avó, dona de casa. Tinham uma rotina pacata no lugarejo, cercados de vizinhos amigáveis, um pouco de mata atlântica e muitos hectares plantados com cana. E numa dessas visitas, eu, menino besta da cidade, acostumado à tecnologia da televisão colorida e ao sabor artificial do iogurte de morango, pude presenciar um caso bem curioso sobre a Cumade Fulozinha.
Os moradores do lugar contaram o episódio a respeito de uma menina de uns dez anos que tinha sido vítima da assombração. Segundo eles, a garota, que era pra lá de malcriada, tinha escapulido de casa num final de tarde para brincar "nos matos". Os pais sentiram a sua falta e, desesperados, puseram-se a procurá-la. A traquina foi encontrada chorando perto de um rio. Estava toda suja, com as roupas rasgadas e os cabelos assanhados. Disse à mãe que tinha levando uma surra da tal Cumade. Isso foi na década de 80, e eu fiquei bem impressionado com a história, pois cheguei a conhecer a menina, que me confirmou tudo.
Ela me disse ainda que a Cumade Fulozinha emite um assobio agudo sempre que está prestes a aparecer. Quando o assobio parece estar perto, é porque ela está longe; quando o som parece estar longe, é porque a Cumade está por perto. Incoerência só permitida a uma criatura mágica. Escutando essas coisas, me senti num livro de Monteiro Lobato. Pensei em mim como o Pedrinho do Sítio do Pica-Pau? Amarelo.
Naqueles dias, aprendi também que a Cumade Fulôzina pode ser "do bem" quando é respeitada. Dizem que ajuda os seres humanos que lhe pede auxílio quando estão perdidos na mata. Vez por outra, ela presenteia alguém com caça ou frutos, com a condição de que a pessoa não compartilhe o brinde com ninguém. Não é difícil agradá-la: adora fumo, sendo esse seu presente favorito. E se alguém quer conquistar sua simpatia, deve deixar um prato de mingau (ou de papa) na entrada da mata. Contudo, não se atreva a, por brincadeira colocar pimenta na mistura a ser oferecida! Os que o fizeram levaram uma surra daquelas....pelo menos, é o que dizem.
E você, prezado leitor que mora numa grande cidade como o Recife, deve achar que está livre das travessuras da Cumade Fulôzina. Afinal, a tal assombração vive nas matas dos municípios do interior, dando susto nas "pessoas da roça", não é? Não, não é bem assim. A menina encantada que reina nas "brenhas" de Pernambuco também parece estar no que restou da Mata Atlântica dentro da área da capital do Estado.
“Assombrado” é um adjetivo que dificilmente seria associado a um dos recantos de lazer mais populares da cidade. O Parque Dois Irmãos abarca quase 400 hectares de vegetação densa que envolve os alojamentos das centenas de animais de várias espécies que vivem no zoológico. Nos fins de semana, milhares de visitantes vão até lá para ver os bichos e passear nas trilhas abertas na floresta preservada. Isso durante o dia. À noite, quando tudo fica silencioso e sombrio, o lugar é tomado por fenômenos inexplicáveis e aparições misteriosas, segundo os funcionários da instituição.
É nessa hora que reina a Cumade Fulôzinha, que se diverte assustando as pessoas com "brincadeiras" sobrenaturais. Quem trabalha no parque garante que os animais percebem que ela está nas proximidades. Os cavalos que chegaram a ser criados no Dois Irmãos ficavam correndo de um lado para o outro dentro dos cercados depois do cair do sol. Não é para menos: os tratadores explicam que “alguém” fazia tranças nas crinas e nas caudas dos bichos – e essa é uma artimanha típica da Cumade. Outras vezes a “trela” é abrir as porteiras para deixar os cavalos correrem soltos. E, até hoje, os grandes felinos, mais sensíveis, soltam urros aterradores como se alguma coisa os ameaçasse durante a noite.
A Fulôzinha, contudo, vai além dos truques infantis e se comporta com uma assombração “da pesada” quando questionam a sua existência. O melhor exemplo desse aspecto medonho do comportamento da assombração é o episódio vivido por biólogos que guiam visitas monitoradas ao Parque Dois Irmãos. Comenta-se que, num fim de tarde, eles faziam um passeio descontraído por uma das trilhas do Parque junto com estagiários, quando um dos aprendizes falou em voz alta que não temia a menina das matas e ainda a desafiou a Cumade a aparecer, para provar que era verdadeira.
Ela não apareceu, mas fez valer os seus poderes mágicos. O grupo, que estava acostumado a caminhar por aquele trecho da floresta, se perdeu. Sumiram as marcas que eles haviam deixado nos arbustos para marcar o caminho de volta. Houve choro e desespero. Por quase duas horas, não conseguiram achar a saída. Era como se as plantas, comparsas numa estratégia maléfica, se movessem para confundir as pessoas. Biólogos e estagiários só puderam sair quando a noite estava chegando, depois que o “valentão” pediu desculpas em voz alta pelas grosserias que tinha tido a Cumade Fulôzina.
CONVIDADOS

EVERALDO DEVER - Ator, Produtor

Martha Rapozzo - Atriz

Haroldo Rapozzo - Diretor Técnico

Heleno Bispo - Ator

Maristela Farias - atriz (a rezadeira)

ARTISTA CONVIDADA: ANA DINIZZ

ELENCO:

MARTA - CUMADE FULOZINHA

JULIO MARTINS - ESTÊVÃO

HELENO BISPO - ALEX

SIBELE SORIANO - MILENE

GABI HOLANDA - MARY

PAULA GOLD - ANGÉLICA

EVERALDO DEVER - PAI DE ESTÊVÃO

RIVA - MÃE DE ESTÊVÃO

FARIAS FILHO - PAI DE MARY

MARISTELA FARIAS - REZADEIRA

ROBSON EROS - MIGUEL

IGOR ICAEL - HOMEM 1

O FILME !!!!

PRÉ-ESTRÉIA EM CARUARU NO SESC DIA 25 DE SETEMBRO - 20H00

ESTRÉIA: CINEMA DO PARQUE - DIA 02 DE OUTUBRO AS 20h30

Era apenas uma viagem comum para uma festa numa cidade próxima a São Lorenço, zona da mata de Pernambuco. Quatro jovens, cada um com um passado diferente. Inclusive Estevão, que teve quando criança os pais desaparecidos e os procurou por muito tempo acreditando ser a CUMADE FULOZINHA. Misteriosamente, os quatro jovens desviam de um carro quase sofrendo um acidente e vão parar numa mata onde ficam perdidos e com o carro quebrado. Apavorados, a única forma de saírem do local é atravessando um gigantesco matagal que dizem ser assombrado por uma estranha criatura que acreditam ser a lendária CUMADE FULOZINHA. A partir daí coisas estranhas começam a acontecer como desaparecimentos de objetos, aparecimento de pessoas que já morreram e uma estranha e cega rezadeira que parece saber todos os mistérios do lugar.

Em outubro o fil estreará na Bélgica, no 34dr Festival de Bruxelas e em Portugal no Hola Festival de Lisboa. No Brasil o filme segue para Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. No mês de outubro em competições internacionais.


tags: Este post não tem tags.

enviada por: programaliberdadedeexpressaonatv em: 03:39 - 19/10    |    permalink    |    0 comentários    |    comentar