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CREATIVE COMMONS

texto enviado para a lista de discussão dubbrasill


Falaí mpc, algumas cossitas sobre creative commons (cc) e produção de bens culturais livres. Acabei me empolgando com o texto e deunoqdeu.

Dêem uma olhada no site q tem muita informação interessante – http://creativecommons.org/


COPYRIGHT X COPYLEFT

Aqui tem uma explicação engraçadinha sobre o cc:
http://creativecommons.org/about/licenses/comics1

Antes de mais nada, o cc é uma alternativa. Apenas uma. Acredito seriamente - e sinto isso diariamente, mesmo no ar poluido de gothan city - q vivemos um momento histórico muito importante, de caos, em q estão se quebrando velhos paradigmas (no caso a propriedade intelectual) ao passo q (incrível!) estão surgindo novas alternativas (creative commons, software livre,,,,). Uma conjunção astral altamente favorável ao desenvolvimento cultural, politico, social e (quem diria!) economico (já vou avisando q sou um otimista por natureza). Porém, nada de medidas absolutas, vamos aproveitar esse caos q é o bicho...

(((E, por falar nisso, duas coisinhas... Ordem dos Musicos é o c*! Pau no c* desses caras. Eu não acredito nesse modelo, não compartilho e nem incentivo esse sistema. É claro q a grana recolhida pelo ecad nas festas em q tocamos não vai para os devidos autores. Mas e aí, como nós, musicos, produtores e djs vamos tirar o nosso troco? Não sei, mas estou atrás de alternativas. Pq esse modelos aí, não dá mais....)))

O cc é uma alternativa legal ao tradicional modelo corporativista “todos os direitos reservados” (all rights reserved - copyright), assim como é uma alternativa ao bundalelê geral q é o domínio público no qual não há “direitos reservados”. Estratégia das antigas gravadoras que deixa os compositores populares a revelia dos direitos sobre suas obras.

Significa, então, q sob esta licensa o autor tem, além do direito sobre sua obra, a autonomia para escolha para o uso q esta obra pode, ou não, ser utilizada. Em outras palavras ele tem “alguns direitos reservados” sobre a sua obra.

Na verdade, isso não é uma inovação do cc, tudo começou com a GPL (General Public License – http://www.gnu.org/copyleft/gpl.html), desenvolvida no iníciodos 80 com o surgimento do Projeto GNU, q deu origem ao GNU/Linux (ler abaixo). E, indo mais fundo no assunto, vc sempre pôde e ainda pode desenvolver uma licensa específica para sua obra.

A grande inovação são os modelos de licença já prontos (e disponíveis no site) em que vc determina quais seus direitos e escolhe quais os usos sobre sua obra, como por exemplo o direito publico ao compartilhamento via p2p (peer to peer – de computador para computador). É tbém notável o fato do pusta barulho em torno disso e consequentemente informando as pessoas q, sim, elas tem os direitos sobre suas obras.

Dêem uma olhada nesse site http://ccmixter.org/ em que eles hospedam musicas licenciadas sob o cc e vcs irão entender a proporção do q estou falando. Lá vc irá encontrar material lançado na revista wired (http://www.wired.com/wired/) com musicas dos beastie boys, david byrne e até do ministro gilberto gil... não apenas livres para compartilhamento, como tbém houve um concurso para ver qual a melhor versão das musicas disponibilizadas. As duas melhores versões irão sair num cd nas próximas edições (mas o concurso já acabou...).


Saca o som desse nigeriano q curte fele kuti, lee pery, parliament e funkadelic...: http://ccmixter.org/by/00afro


Existem diversos tipos de licença, inclusive o “todos os direitos reservados”, assim como o “todos os direitos disponíveis” (desde q mantenha-se o crédito ao autor e que os frutos oriundos (ó) de sua obra permaneçam sob a mesma licença).

O lance é q o desenvolvimento dos direitos e dos deveres no Estado Moderno (com estas bregas letras maiúsculas), é milhões de vezes mais lento do que o desenvolvimento cultural e tecnológico. Ainda mais na era da internet. Hj em dia não há sentido em tentar-se controlar a troca de arquivos via internet, isso é um absurdo. A tal da velinha q foi presa pq baixou a série dos simpsons q o diga... E o próprio desenvolvimento cultural passa, muitas vezes, tem a internet como centro – vide essa maravilhosa listade discussão.

Já no caso do dj italiano (coitado), o buraco é mais embaixo. Ele ganhou dinheiro (parece q muito) em cima da obra dos outros, e a questão aí, fica mais espinhuda.... mas e aí? Como fazer? Vai processar todos os djs? Essa lista some em dois minutos. Vai proibir execução publica? Cc é a salvação? Claro q não... mas como disse, vivemos um período histórico muito importante. De caos, de busca de alternativas aos modelos estabelecidos de produção competitiva (babilônia!). Eu, pelo menos, estou atrás disso e tenho certeza q bastante gente está nessas tbém.


CREATIVE COMMONS E SOFTWARE LIVRE

O cc tem raíses na GPL (General Public License – http://www.gnu.org/copyleft/gpl.html), uma licensa autoral desenvolvida pelo pai do software livre Richard Stallman (http://www.stallman.org/) que na década de 80 viu o projeto de um software desenvolvido por ele ser enclausurado entre licensas legais que impediam que ele compartilhasse as informações (o código fonte do software) com os seus colegas de trabalho.

$$$! Sim, o uso do software livre (com código aberto) era um hábito comum entre os desenvolvedores de software, antes q as empresas descobrissem a quantidade de dinheiro q estavam perdendo com i$$o, no início da década de 80!$$$!


Surgiu, portanto, a necessidade do desenvolvimento de um sistema operacional (os – operacional system) do zero, no qual o código fonte pudesse sere compartilhado (dando origem ao termo copyleft, em oposição ao copyright) e estivesse ao dispor de quem quisesse utilizá-lo DESDE QUE se mantivessem os devidos créditos e q os frutos desse desenvolvimento permanecessem sob a mesma liceça. Assim nasceu o Projeto GNU (http://www.gnu.org/home.pt.html) q é um sigla estranhíssima para GNU is Not Unix (unix um sistema operacional proprietário), dando origem ao surgimento do movimento de desenvolvimento do software livre, depois veio Linus Towards, desenvolveu o kernel originando o GNU/Linux, mas aí já é outra história....




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enviada por: criscabello em: 03:44 - 23/02    |    permalink    |    2 comentários    |    comentar