LMMS




Introdução




LMMS significa Linux MultiMedia Studio. Trata-se de uma solução livre semelhante à softwares proprietários como o Fruity Loops, Cubase e Logic.

O LMMS é um programa seqüenciador (tracker) sampler e sintetizador, sendo perfeito para música eletrônica (embora possa ser usado para outros estilos musicais em conjunto à outros programas).

Para quem já está acostumado a produzir música em GNU/Linux, poderíamos dizer que o LMMS é um mini-Ardour para Hydrogen e ZynAddSubFX (em outras palavras, é possível produzir a música no LMMS e só jogar a voz em cima com o Ardour).

Além disso, ele ainda está em desenvolvimento, e apresenta algumas instabilidades, sendo assim é bom salvar com freqüência, como o Cinelerra.

Instalação


Em Ubuntu Edgy e sistemas Debian Based

No Ubuntu Edgy (não testado ainda em outras versões) e provavelmente em outros sistemas Debian-based (como Kurumin, Agnula) o LMMS pode ser instalado com um simples sudo apt-get install lmms.



O programa não cria por padrão um ítem no menu do GNOME, portanto deveremos chamá-lo manualmente, apertando Alt+F2 e entrando com o nome do programa, lmms.



Primeira Execução - Assistente de Configuração


Na primeira execução, será mostrado o Assistente de Configuração.



"O LMMS precisa ser configurado para rodar corretamente. Este assistente lhe ajudará a configurar sua instalação pessoal do LMMS. Se você não souber o que fazer num determinado passo, simplesmente clique Next (Continuar). O LMMS irá selecionar automaticamente as melhores opções para você. Agora clique em Next (Continuar) para a próxima página."



"Para usar o LMMS é necessário um diretório de trabalho. Este diretório é utilizado para gravar seus projetos, presets, samples etc. Por favor selecione um diretório:" Por padrão, usaremos /home/usuario/lmms, se você quiser mudar fique à vontade.

E é isso! Simples, não? ;)

Visão Geral


Ao iniciar o LMMS após a instalação, pela primeira vez, você provavelmente verá uma tela semelhante a esta:



Explanaremos os seguintes ítens do menu a seguir.

Menu Principal


No menu textual, temos os seguintes menus:

  • Project (Projeto)
    • New (Novo)
    • Open... (Abrir...)
    • Save (Salvar)
    • Save As... (Salvar como...)
    • Import File (Importar Arquivo)
    • Export... (Exportar...)
    • Quit (Sair)

A maioria dessas funções são deduzidas pelo seu nome. A opção Export exporta o arquivo para Wav ou Ogg, como veremos mais abaixo. A função Import File será para importação de arquivos do Fruity Loops, mas na versão que este guia foi escrito (0.2.1) ainda não havia sido implementada (isto é: ainda não funciona).

  • Edit
    • Undo (Desfazer)
    • Redo (Refazer)

Aqui teremos os comandos de desfazer e refazer (avançar e voltar), mas ainda não foram implementados. Se você sabe programar, mãos à massa! :)

  • Settings
    • Show settings dialog (Mostrar tela de opções)
    • Show setup wizard (Mostrar assistente de configuração)

Os dois comandos mostram as duas janelas de configuração. Em geral não é necessário mexer na maioria das opções, mas é aqui que se escolhe a saída de som (por exemplo, se você quiser usar o JACK no lugar do ALSA). Falarei sobre elas mais abaixo, caso você queira pular para esta parte, clique aqui.

  • Help
    • Help
    • What's this?
    • About

Ainda não há arquivos de ajuda no LMMS, o que pode ser visto clicando na opção Help. Para isso que estou escrevendo este guia :) Além disso, caso você saiba ler inglês, há também o wiki do projeto, em http://wiki.mindrules.net. A opção What's this? dá breves dicas (em inglês) sobre cada ítem do menu, que traduzirei abaixo. E, finalmente, na opção About é possível ver o site oficial do projeto, os autores, tradutores e a licença do programa (GPL 2).

Barra de Ferramentas


  • Create new project (Criar novo projeto)

Clicando neste botão, é possível criar um novo projeto, que por padrão vem somente com um oscilador triplo (o famoso 3xOSC, pra galera que usava FL). Alternativamente, é possível clicar na setinha, que tem as opções Acoustic DrumSet, mais indicada para músicas não-techno, e o ClubMix, que já vem com um kit de bateria indicado para músicas techno. Naturalmente, é possível adicionar outros instrumentos à música, como veremos mais abaixo. O atalho para essa função é Ctrl+N.

  • Open existing project (Abrir projeto existente)

Aqui é o botão para abrir um projeto já salvo. Geralmente, ao clicar neste botão, o LMMS faz a seguinte pergunta: The current project was modified since last saving. Do you want to save it now? (O projeto atual foi modificado deste a última vez que foi salvo. Você deseja salvá-lo agora?), para que você não perca as alterações feitas no projeto atual. O atalho para essa função é Ctrl+O.

O formato padrão do LMMS é o .mmp (MultiMedia Project). Por ser um arquivo XML, também é possível usar a extensão .xml. Caso você esteja curioso para ver a estrutura de um arquivo gerado pelo LMMS, abra um arquivo pelo Editor de Texto, assim: gedit /usr/share/lmms/projects/cool_songs/MaxFellner-Ease.mmp

  • Save current project (Salvar projeto corrente)

Não tem muito o que explicar aqui, esse botão salva a música que você está fazendo. ;) O atalho para essa função é Ctrl+S.

  • Export current project (Exportar projeto corrente)

Exporta a música aberta para Ogg ou Wav. Uma explicação melhor dessa função pode ser encontrada mais a frente. O atalho para essa função é Ctrl+Shift+S.

  • Show/hide Beat + Baseline Editor (Mostra/esconde o editor de batidas e bases)

Mostra ou esconde o editor de batidas e bases. Falarei sobre ele mais abaixo. O atalho para esta função é F6.

  • Show/hide Piano-Roll (Mostra/esconde o Piano-Roll)

Mostra ou esconde o piano-roll. Falarei sobre ele mais abaixo. O atalho para esta função é F7.

  • Show/hide Song-Editor (Mostra/esconde o Editor de Músicas)

Mostra ou esconde o editor de músicas. Falarei sobre ele mais abaixo. O atalho para esta função é F8.

  • Show/hide Automation Editor (Mostra/esconde o Editor de Automação)

Mostra ou esconde o editor de automação. Falarei sobre ele mais abaixo. O atalho para esta função é F9.

  • Show/hide project notes (Mostra/esconde as Notas do Projeto)

Mostra ou esconde a janela de notas do projeto. Falarei sobre ela mais abaixo. O atalho para esta função é F10.

  • Tempo of song (Tempo da música)

Mostra o tempo da música em BPMs (Batidas Por Minuto). Clicando com o botão direito, é possível abrir o tempo no editor de automação, permitindo a mudança do tempo durante a música.

  • High Quality Mode (Modo de alta qualidade)

Ativa ou desativa o modo de alta qualidade. É recomendável utilizar-se dessa opção somente se você tiver um computador poderoso, ou terá travamentos durante a reprodução da música.

  • Auto Limiter (Limite Automático)

Ativa ou desativa o limite automático, o que impede que a música "estoure" (clipping), produzindo um som ruim. Note que ele não abaixa o volume da música (o que é necessário caso o som esteja estourando), apenas corta a "ponta" da onda, evitando danificar sua placa de som.

  • Master Volume (Volume Mestre)

Regula o volume da música, de 0 a 200%.

  • Master Pitch (Timbre Mestre)

Regula o timbre da música, de -12 a 12 semitons (por exemplo, mudar a tonalidade da música de dó para dó sustenido).


  • Enable/Disable Visualization of Master Output (Ativa/desativa a visualização do saída principal)


Mostra ou não o gráfico das ondas sonoras da saída principal. É interessante desativar esta opção caso você tenha um computador não tão rápido ;) Abaixo do gráfico há também a barrinha de uso do CPU (processamento).

Menu Lateral


Ao iniciar o LMMS, provavelmente o menu lateral estará fechado, com os seguintes ícones:



Clicando em algum dos ícones, a barra lateral se expandirá mostrando o seu conteúdo interno.

Instrument Plugins (Plugins de Instrumento)




Passando o mouse sobre cada um dos plugins, o quadradinho aumentará para conter sua descrição.



Falaremos de cada um dos plugins abaixo.

AudioFileProcessor




O Processador de Arquivos de Áudio (AudioFileProessor) é o plugin de instrumento mais utilizado do LMMS. Através dele, é possível carregar samples (em geral, arquivos ogg ou wav) e tocá-los com as mais diversas configurações, como veremos a seguir.

Para usar o AudioFileProcessor, a forma mais fácil é simplesmente arrastar algum arquivo de áudio da aba My Samples do menu lateral.

A janela do AudioFileProcessor se divide em várias partes, que estudaremos separadamente:

General Settings



Em General Settings (Configurações Gerais) é possível definir:

  • O nome do instrumento (como ele irá aparecer no editor de bases e batidas).
  • O volume do instrumento (arrastando com o botão esquerdo ajuste rápido, rodando o botão do meio ajuste fino; o botão direito abre um menu de contexto onde é possível:
    • Reiniciar o volume para 100%
    • Copiar e colar valores de volume
    • Controlar o volume no Editor de Automação
    • Conectar a um dispositivo MIDI;
  • Em Surround, é possível não só definir se o instrumento soará mais à esquerda ou a direita mas também se mais pra frente ou mais para trás (num sistema de 4 caixas ou superior). Clicando com o botão direito, é possível conectar os eixos X e Y no Editor de Automação;
  • O canal de efeitos (FX Channel), sendo também possível abrir no Editor de Automação;
  • Salvar estas configurações como um preset.

Teclado



Pulando a parte do meio, temos o teclado, onde podemos tocar o sample clicando nas teclas, ou no teclado do computador mesmo, sendo zxcvbnm, uma oitava e qwertyui outra. Um detalhe a ser notado é o quadradinho laranja sobre as notas, o Base Note (Nota base), clicando sobre outras notas é possível definir qual será a nota base do sample. Clicando com o direito, é possível configurar essas alterações no Editor de Automação.

No meio, temos as quatro abas a seguir:

Plugin



Aqui vem as configurações do sample em si. É interessante carregar algum sample (de fato) aqui para estudarmos as alterações possíveis diretamente (ouvindo o resultado).

É interessante notar que a aba Plugin é a única coisa que muda nos diferentes plugins de áudio, todas as outras telas (General Settings, Env/Lfo/Filter, Arp/Chord, MIDI e o tecladinho) se mantém iguais.

  • Na faixa azul escuro, temos o caminho relativo do sample (nome do arquivo).
  • Clicando na pastinha azul, podemos carregar outro sample, procurando no disco. (Também é possível arrastar diretamente do menu lateral My Samples ou simplesmente arrastar de alguma pasta aberta.
  • Em Settings, temos três knobs:
    • AMP, ou amplificação, onde podemos fazer uma pré-amplificação do sample caso esteja muito baixo, ou abaixar o volume caso esteja muito alto
    • START, ou startpoint (ponto de começo), onde podemos adiantar o começo do sample (caso haja um gap no começo, por exemplo)
    • END (fim), onde analogamente podemos definir o término do sample;
Todos os três knobs tem um menu de contexto, onde é possível copiar e colar valores ou conectar a dispositivos MIDI.
  • Mais a direita, temos também o botão Reverse Sample (Reverter Sample) que permite inverter a onda sonora (tocar de trás pra frente), e o Loop sample at start- and end-point (Repetir sample no ponto de começo e de fim), que faz com que o som fique repetindo pelo tempo que esteja ativado. Teste as alterações clicando no teclado abaixo.
  • Mais abaixo, temos o AFP WaveGraph (Gráfico de onda do AFP), onde temos uma visualização da onda sonora do sample. Podemos ver como uma linha ou pontos clicando nos botões correspondentes.

Env/LFO/Filter



Na segunda aba, temos o Env/LFO/Filter, onde é possível fazer ajustes de envelope, LFO e aplicar filtros.

Escolhendo o target (alvo): Volume, Cutoff de Freqüência e Q/Ressonância, temos as opções a seguir:

  • Envelope
    • AMT: Modulation Amount (Quantidade de modulação) - Explicita a proporção que esses efeitos se aplicarão, de 0 (envelope desativado) a 1 (envelope ativado).
    • DEL: Predelay-time (Tempo de pré-delay (pré-atraso)) - Põe um atraso no começo do sample, isto é, muta o seu som.
    • ATT: Attack-time (Tempo de ataque) - Põe um fade-in no sample, isto é, aumenta gradativamente o seu som.
    • HOLD: Hold-time (Tempo de hold) - Indica quanto tempo se deve segurar o sample em volume máximo.
    • DEC: Decay-time (Tempo de decaimento) - Indica quanto tempo de fade-out se deve ter até o SUST.
    • SUST: Sustain-level (Tempo de sustentação) - Indica quanto por quanto tempo o sample será segurado, enquanto a tecla está pressionada
    • REL: Release-time (Tempo de relaxamento) - Indica o tempo até o sample parar de tocar depois que a tecla foi solta, está relacionado com o anterior.
Ajustando os knobs, será possível ver a alteração no gráfico. Como a maioria dos outros knobs, é possível copiar e colar os valores, reiniciar para o padrão, abrir no Editor de Automação e conectar a um dispositivo MIDI. Clicando no gráfico, altera automaticamente o AMT em 0 ou 1 (em outras palavras, ativa e desativa a função). É interessante sempre fazer as alterações ouvindo o sample, o que pode ser feito clicando repetidamente na tecla base (em geral lá), ou apertando Y (se ainda for , ou a tecla correspondente no caso).

A forma mais fácil de aprender como funciona o Envelope e o LFO é carregando um sample da pasta Shapes, não se esquecendo de marcar para repetir o sample. Shapes (formas) são arquivos de som bem pequenos (décimos de segundo), que são tocados repetidamente formando um som.

Para uma melhor compreensão sobre o funcionamento do Envelope, veja a página sobre ADSR na Wikipédia (Ataque, Decaimento, Sustentação e Relaxamento)

  • LFO

O LFO (low-frequency oscillation, oscilação de baixa freqûência) serve para oscilar o volume (ou cutoff ou q/reso, na aba acima) de acordo com as configurações escolhidas:

    • DEL: LFO-predelay-time (Pré-delay no tempo do LFO)
    • ATT: LFO-attack-time (Tempo de ataque do LFO)
    • SPD: LFO-speed (Velocidade do LFO) - em outras palavras, muda a freqüência do LFO
Os três parâmetros fazem o que seu nome diz ;), a forma mais simples de entender é olhando para o gráfico e ouvindo o som produzido (segurando Y)
    • AMT: LFO-modulation-amount (Quantidade de modulação LFO) - define em quanto o LFO influenciará
    • Freq x100 - multiplica a freqüência escolhida do LFO por 100
    • Modulate Env-Amount - se ativado, a modulação influencia também no AMT
    • LFO Wave Shape (Forma da onda do LFO) - Clicando nos botões é possível escolher a forma do oscilador. Também é possível arrastar um sample na janela.

Para uma melhor compreensão sobre o funcionamento do LFO, veja a página de Low-frequency Oscillation na Wikipedia (em inglês).

  • Filter (Filtro de Equalização)

Clicando na bolinha a esquerda do nome, temos ativado o filtro passa baixo (LowPass), podendo ser mudado para:
    • LowPass
    • HiPass
    • BandPass cs
    • BandPass cz
    • Notch
    • Allpass
    • Moog
    • 2x LowPass
Temos também o knob de cutoff, que especifica a freqüência que o filtro aplicará, e o knob de Q/Resonance.

Arp/Chord



Na terceira aba, temos o Arp/Chord, onde podemos definir arpejos e acordes para o sample.

Clicando na bolinha à esquerda de CHORDS estamos ativando o modo de acordes. Clicando na setinha ao lado de octave podemos escolher o acorde (por exemplo, considerando que a nota padrão é , podemos ter como acorde lá em várias oitavas, lá maior, lá menor, lá com sétima etc, nessa lista tem várias opções para escolher), e no knob à direita escolhemos por quantas oitavas queremos que esse acorde soe.

Clicando na bolinha à esquerda de ARPEGGIO ativamos o modo de arpejos. Assim como os acordes, podemos escolher o tipo de arpejo e por quantas oitavas ele será tocado. Além disso, tem também a direção do arpejo (direction), podendo ser do grave ao agudo, do agudo para o grave, vai e volta e aleatório, o intervalo de tempo para tocar a próxima nota (time), o tempo que cada nota do arpejo irá soar (gate) e finalmente o modo (mode), podendo ser Free, Sort e Sync.

MIDI

Num futuro próximo, será possível usar MIDI com o LMMS. A opção já foi planejada, mas ainda não foi implementada. Se você é programador e tem disponibilidade, mãos à massa! ;)



Finalmente, na última aba, MIDI, é possível especificar as configurações MIDI deste instrumento. Em Receive MIDI-events (Receber eventos MIDI), escolhendo o instrumento no botão da direita e o canal à esquerda, e definir ou não a mesma velocidade para todos os eventos de entrada (Default velocity for all input-events). O Send MIDI-events (Enviar eventos MIDI) é análogo.

BitInvader




Organic




PluckedStringSynth




TripleOscillator




Vibed




My Projects





My Samples




  • basses
  • beatloopes
  • beats
  • drums
  • effects
  • instruments
  • latin
  • misc
  • shapes
  • stringsnpads

My Presets




  • AudioFileProcessor
  • BitInvader
  • Organic
  • PluckedStringSynth
  • TripleOscillator
  • VeSTige

My Home




Esta barra lateral mostra o seu diretório de usuário (~ ou /home/usuario), o que pode ser útil para carregar músicas/pedaços de músicas lá salvos.

Root Directory




Esta barra lateral mostra o diretório root (/), o que pode ser útil para carregar músicas/pedaços de músicas salvos em outras partições (num cd-rom, por exemplo, usualmente /media/cdrom).

Editor de Bases e Batidas




O Editor de Bases e Batidas, ou Beat+Baseline Editor é, por assim dizer, uma das partes principais do LMMS. É nele que você montará os loops da sua música.

No exemplo acima temos 4 faixas, sendo elas um oscilador triplo (TripleOscillator, 3xOsc) e três samples carregados. Curioso em saber qual o som da combinação retratada na figura? Ouça aqui.

O processo de criação do loop, tecnicamente falando, é bastante simples. Basta carregar os samples (ou osciladores) no menu lateral arrastando para o editor de bases e batidas e clicar nos quadradinhos afim de preencher as batidas no tempo correto.



Para criar melodias, clique com o botão direito sobre os quadradinhos e abra o Piano-Roll, explicado abaixo. Após terminar a edição da melodia no Piano-Roll, aparecerá aqui uma versão simplificada da visualização da melodia.



Ainda com o botão direito sobre a faixa, é possível copiar e colar o padrão criado para outra faixa, mutar e desmutar a faixa, limpar todas as notas, mudar e reiniciar o nome, congelar (não permitir alterações acidentais) e descongelar, e adicionar e remover batidas (steps).

Clicando no nome da faixa, abrirá a janela daquele instrumento em específico (AudioFileProcessor no caso dos samples, TripleOscillator no caso do oscilador triplo etc.) onde é possível configurá-lo, como explicado mais acima.

Mais à esquerda, no ícone do teclado , é possível especificar uma entrada e uma saída MIDI para a faixa. No ícone de volume , regular o volume da faixa, arrastando com o botão esquerdo do mouse para mudar rapidamente ou com o do meio para um ajuste fino. Clicando com o direito, é possível reiniciar o volume (para 100%), copiar e colar o volume de/para outra faixa, abrir no editor de automação ou conectar a um dispositivo MIDI.

Na seqüência, há o botão de mudo , que sendo clicado com o botão esquerdo muta a faixa e com o direito inverte a seleção. Além disso, o botão direito também abre um menu de contexto oferecendo a possibilidade de automatizar a mudez da faixa. E finalmente, o primeiro botão , que permite clonar e remover a faixa.

Além dos controles por faixa, a janela apresenta também um botão de tocar e parar, para ouvir o som daquele loop (que tem a tecla Espaço como atalho), o nome daquele loop (clicando no nome, pula para o seguinte, clicando na setinha, é possível escolher por um menu) e finalmente o botão de adicionar mais um loop.

Piano-Roll


Editor de Músicas


Song-Editor

Editor de Automação


Automation Editor

Notas do Projeto




A Notas do Projeto ou Project Notes é uma pequenina janela para se fazer anotações sobre o projeto corrente, geralmente usada para você falar um pouco sobre o processo de criação da música e sobre si. Contém algumas ferramentas de edição de texto (é possível vê-las aumentando a janela para o lado).

Opções e Configurações


Tela de Opções


A tela de opções pode ser chamada pelo menu Settings > Show Settings Dialog.

Opções Gerais (General Settings)


Diretórios (Directories)




Aqui temos os diretórios em que o LMMS procura por seus arquivos.

  • LMMS Working Directory (Diretório de Trabalho do LMMS): Diretório onde o LMMS primeiro procura por seus arquivos.
  • VST-Plugin Directory (Diretório dos Plugins VST): Diretório onde o LMMS procura por esses plugins.
  • Artwork Directory (Diretório das Artes): Diretório que contém o tema do LMMS. O diretório padrão é /usr/share/lmms/themes/default/, na instalação padrão vem também o tema blue_scene:

Tema /usr/share/lmms/themes/blue_scene/

  • FL Studio Installation Directory (Diretório de instalação do Fruity Loops Studio): Futuramente será possível importar arquivos do Fruity Loops Studio; esta função ainda está sendo desenvolvida, e aqui se configurará o diretório de instalação do FL Studio.

Opções de Performance (Performance Settings)




Aqui temos as opções de performance do LMMS. Só é necessário ativar uma das opções caso seu computador não seja poderoso o suficiente para rodar o LMMS sem falhas.

As opções são:

  • Disable channel activity indicators (Desativar indicadores de atividade dos canais):



Como o nome diz, desativa os indicadores de atividade dos canais, as luzinhas que piscam quando o som daquele determinado canal é tocado.

  • Only press keys on channel-piano manually (Pressionar teclas no piano do canal apenas manualmente)



Também como o nome diz, faz com que as teclinhas do piano não sejam pressionadas automaticamente a medida que a música vai sendo tocada, economizando recursos do processador.

Opções de Áudio (Audio Settings)




A tela de opções de áudio permite escolher a interface de áudio à ser utilizada pelo LMMS, podendo no momento ser:

  • ALSA (Advanced Linux Sound Architecture, o padrão);
  • OSS (Open Sound System);
  • JACK (JACK Audio Connect Kit);
  • SDL (Simple DirectMedia Layer); e
  • Dummy (sem saída de som).

Logo abaixo aparecem as opções específicas da interface escolhida: no caso do ALSA, o dispositivo padrão default e a quantidade de canais (sendo 2 canais o padrão); no caso do JACK, o nome do cliente lmms e a quantidade de canais; e finalmente no caso do OSS, o dispositivo padrão /dev/dsp e os canais.

Opções de MIDI (MIDI Settings)




A tela de opções MIDI permite escolher a interface MIDI à ser utilizada pelo LMMS, podendo no momento ser:

  • ALSA-Sequencer (o padrão);
  • ALSA-Raw-MIDI;
  • OSS-Raw-MIDI; e
  • Dummy (sem suporte à MIDI).

Note que o suporte a MIDI pelo JACK ainda não foi implementado.

Logo abaixo tem as opções específicas da interface escolhida, no caso dos ALSA o dispositivo padrão é default e no caso do OSS, /dev/midi.

Assistente de Configuração


Este Assistente de Configuração é o mesmo que apareceu na primeira vez que você executou o programa, logo após instalá-lo. Caso você queira rodá-lo novamente, clique na opção Settings > Show setup wizard e siga as instruções daqui.

Exportando uma música


Para exportar a sua música para outros formatos, abra a janela de exportação no menu Project > Export.... Atualmente é possível exportar para os formatos Ogg e Wav. O formato wav, por ser sem perdas, é indicado para a cópia master de sua música (para gravar num CD por exemplo), já o ogg é mais indicado para transmitir pela internet (e subir aqui para o Estúdio Livre ;)). Além disso, eu recomendo fortemente que você converta sua cópia master de wav para FLAC, o que eventualmente será possível nas futuras versões pelo próprio programa mas que hoje ainda tem de ser feito por outros meio (o LMMS ainda está em desenvolvimento). Caso você queira sua música em outros formatos (como MP3), é necessário converter após a exportação, como veremos a seguir.

Clicando no menu, você verá a seguinte janela:



É importante notar que ao escolher no menu drop-down o tipo de arquivo (wav ou ogg) também se faz necessário mudar (manualmente) a extensão do arquivo.

Aceitando o nome do arquivo e a sua localização (diretório), a próxima janela é das opções do arquivo:



A opção principal é Type (tipo), que pode ser Compressed OGG-File (*.ogg) (Arquivo OGG comprimido) e Uncompressed Wave-File (*.wav) (Arquivo Wave não-comprimido). As outras opções só se aplicam a arquivos OGG, e são:
  • kbps (kilobits por segundo), de 64 a 320 - quanto maior, maior a qualidade da música (menor a compressão) e maior o tamanho do arquivo;
  • variable bitrate (taxa de bits variável) - é recomendável ativar, a não ser que você tenha um bom motivo; e
  • use high-quality mode (recommended) (usar modo de alta qualidade (recomendado)) - usar o modo de alta qualidade para renderizar a música. Recomendo deixar ativado, a menos que o seu computador seja lento, a renderização demore muito e você queira apenas ter um preview de como ficará a música (sem ser a cópia final).

Clicando em export, vem o processo de exportação de fato:



Convertendo para MP3 ou FLAC com outros programas


No momento, o LMMS ainda não exporta para MP3 ou FLAC, somente para OGG e Wav. Por isso, caso você queira um desses formatos, terá de converter manualmente a partir do arquivo wav (não converta a partir do ogg, do contrário você terá um arquivo resultante de baixa qualidade).

Para isso, exporte o arquivo wav como descrito acima:



Convertendo para MP3 com o Audacity


O jeito mais fácil de converter a música em wav para mp3 é usando o Audacity. Caso você não o tenha instalado, vá em Aplicações > Adicionar/Remover... e procure por Audacity ou abra um terminal e entre com sudo apt-get install audacity. Abra o Audacity (Aplicações > Som & Vídeo > Audacity ou tecle Alt+F2 e entre audacity) e abra o arquivo:



Vá no menu Arquivo > Exportar como MP3... e escolha o nome e a pasta para salvar o arquivo:



Como o MP3 não é um CODEC livre, será necessário informar manualmente o caminho da biblioteca LAME?, responsável pela conversão do arquivo de som para MP3 (isto só é necessário da primeira vez que você tentar salvar um arquivo mp3 no audacity):



Para encontrar a biblioteca no sistema, no menu dropdown que mostra Apenas libmp3lame.so escolha Arquivos Extended Libraries (*.so*). Aí é só achar o arquivo libmp3lame.so.0 na lista (pode ser que no seu computador esteja instalada outra versão) e dar Ok e Sim.

Em seguida, o Audacity pergunta pelas tags do arquivo. Você pode preencher agora ou usando o método que explicarei a seguir (que também serve para taguear arquivos ogg e flac).



Daí vem a exportação propriamente dita.



Convertendo para FLAC pela linha de comando


O Audacity não converte para MP3, então para converter o Wav para FLAC teremos de usar a linha de comando. Não se desespere! ;D É só seguir os passos citados.

Primeiro, abrimos um terminal, teclando Alt+F2 e entrando xterm.



A primeira coisa a se fazer é entrar na pasta onde estão as músicas. Por exemplo, se a música que eu quero converter está na pasta lmms dentro do meu diretório de usuário (home), eu digito cd lmms.



Aí é só entrar flac --best nome-do-arquivo.wav. A dica aqui é digitar as primeiras letras do arquivo (no meu exemplo, J) e teclar Tab que o terminal completa o nome do arquivo.



Se você quiser, pode usar também a flag --ogg para gerar um FLAC com header de OGG (Ogg FLAC).

Tagueando a Música


Após a exportação (exceto para o caso de arquivos Wav) é necessário taguear o arquivo, isto é, inserir os metadados da música, tais como título, artista, ano em que a música foi produzida, dentre outros. Para isto, usaremos o Audio Tag Tool (Aplicações > Som & Vídeo > Audio Tag Tool ou Alt+F2 e tagtool). Caso você não o tenha instalado, vá em Aplicações > Adicionar/Remover... ou abra um terminal e entre com sudo apt-get install tagtool.



Seu funcionamento é bem simples, basta escolher a pasta onde está/ão o/s arquivo/s a ser/em tagueado/s, selecionar o arquivo, preencher os dados na coluna da direita e mandar Gravar Alterações.

LMMS Sharing Platform


No site do LMMS há o LMMS Sharing Platform (LSP), uma interface de troca de arquivos do LMMS. Lá você poderá subir seu projeto (no formato .mmp) (não se esqueça de subir também aqui no Estúdio Livre! ;)) e ouvir arquivos .mmp criados por outras pessoas.

Última alteração: 30/12/2006 às 02:29, por: arlindo