Cultura Digital sob uma ótica brasileira

Compilação de textos produzidos pela equipe 2005 da Cultura Digital - Brasil

Apresentada por Fabianne Batista Balvedi


Mérida, Junta de Extremadura, Espanha

fabs(at)estudiolivre.org



SOBRE O PROCESSO

O impacto que as novas possibilidades interativas, pelas quais todos podem se comunicar com todos, como na Internet, trazem para as sociedades informatizadas, ocasiona o surgimento de novos códigos éticos que acompanham relações entre humanos e máquinas e passam a regular tanto a produção como a circulação veloz da informação entre diversos grupos e atores sociais. E uma visão contemporânea acerca desse uso diferenciado que as tecnologias emergentes de informação e comunicação proporcionam nos mais diversos campos pode ser melhor compreendida a partir da concepção do que se poderia chamar de cultura digital.

Esses novos costumes, se pensados em seu alcance no futuro, sugerem a passagem de uma era que poderíamos nomear de analógica, para uma outra, digital. Na digital, destacamos um ponto de vista que relaciona objetos técnicos, como computadores e ferramentas digitais de produção audiovisual, a processos de produção. São formas de apropriação das tecnologias, tidas como mais inteligentes e generosas, em que a ampliação do acesso aos conteúdos é importante, mas não deve ser descolada da forma como são construídos e compartilhados esses conteúdos na Internet.

A grande inovação desse mundo digital está, portanto, na estrutura de divisão de trabalho que ocorre em uma rede aberta e que encontra no software livre seu melhor exemplo de funcionalidade.

O Software Livre é um fenômeno que, a cada dia, ganha mais espaço tanto na mídia quanto na prática, sendo considerado como instrumento privilegiado para a inclusão digital e desenvolvimento tecnológico. Difunde-se a imagem dos sistemas abertos como defensores da liberdade na Era da Informação, capazes de vencer o monopólio proprietário. Nessa perspectiva, o software livre é apropriado como bandeira e arma estratégica de uma luta contra-hegemônica, que o coloca em oposição aos modelos fechados de sistema de informação. Dessa forma, costuma-se afirmar e defender que os sistemas operacionais livres são superiores tecnicamente, mais seguros e proporcionam uma imensa economia por não cobrarem licenças de uso.

A perspectiva enunciada é facilmente aceita. Porém, apesar de ser interessante, por levar à grande mídia certas questões, como a desigualdade do desenvolvimento tecnológico mundial e as conseqüências das leis de patente, consideramos que esse tipo de discurso falha por ignorar o que talvez sejam as características mais importantes do fenômeno do Software Livre: a sua dinâmica de produção, suas regras de circulação de produtos e a mudança de comportamento diante dos meios operada por sua lógica de utilização. Ele difere do proprietário não só quanto à natureza de sua materialidade mas, principalmente, quanto às relações sociais em que está inserido. Ou seja, não é correto afirmar que software livre é melhor que software proprietário, e sim que ele é de outra ordem, esta, sim, mais justa e melhor que a proprietária.

Enquanto um modelo proprietário é motivado pela competição, o livre é motivado pela colaboração e generosidade. Em qualquer dos níveis de interatividade, estabelece-se uma relação horizontal entre produtores e usuários, que é completamente diferente da relação produtor/consumidor ou provedor/cliente, que são relações sociais de naturezas qualitativamente desiguais.

A utilização do software livre é ativa, demandando um processo de aprendizagem, pois o software livre rompe com a idéia de produto acabado. Isso significa que, desde o lançamento, os erros, falhas ou deficiências dos programas de código fonte aberto não são escondidos, pelo contrário, são divulgados com a publicação do programa. Diferente dos softwares de código fonte fechado, a publicação com o código fonte aberto faz parte do processo de desenvolvimento, por ser o momento em que outros desenvolvedores participarão de sua construção.

"Em tempos de acirramento de conflitos culturais, intolerâncias, terrorismo e choques de civilizações, o desenvolvimento de software livre estabelece espaços públicos de comunicação e colaboração tecnológica entre indivíduos de culturas e origens muito diversas, em um processo mundial. (...) Á outra ecologia do virtual" (Novaes, Caminati e Prado, 2005).

Portanto, o novo paradigma colaborativo que apresentamos inspira-se no modo de produção do software livre e na estrutura de circulação de informação da Internet, devendo ser compreendido como um novo PROCESSO cultural emergente e não como novo PRODUTO cultural. Este PROCESSO pode ser definido como um ciclo de realimentação cumulativo, que faz a rede pensar e baseia-se no compartilhamento de informação como força motriz do processo de inovação tecnológica e da PRODUÇÃO de bens culturais.

Vale observar que a coexistência das variáveis PROCESSO e PRODUTO (ou PRODUÇÃO), em um fluxo contínuo de acontecimentos, só é possível de ser compreendida através da lógica difusa. A lógica tradicional ocidental, de Aristóteles, baseia-se em valores "verdade" das afirmações, classificando-as como verdadeiras ou falsas. Rejeita, portanto, a coexistência citada acima quando implica que um PRODUTO é o RESULTADO de um PROCESSO. Ou seja, quando o PROCESSO chega ao fim, tem-se o PRODUTO. Já a lógica difusa suporta os modos de raciocínio que são aproximados, ao invés de exatos, com os quais estamos naturalmente acostumados a trabalhar. Muitas das experiências humanas não podem ser classificadas simplesmente como verdadeiras ou falsas, sim ou não, branco ou preto. Já que o aspecto humano é chave de todo o processo acima descrito, é desse modo que também a equipe da Cultura Digital trabalha com suas variáveis.

SOBRE A EQUIPE

Se tomarmos como base tudo que se escreveu acima sobre as novas relações interpessoais e o compartilhamento de informações pela rede, perceberemos que fica muito difícil definir apenas um bloco de pessoas como equipe da Cultura Digital brasileira. Uma vez aplicados os conceitos, em nosso próprio processo de construção do conhecimento, perceberíamos que a definição mais adequada para este grupo de pessoas seria a de um organismo polimórfico em constante mutação.

Porém, se segmentarmos o processo pelo qual estamos passando, podemos nos ater ao momento em que nos encontramos e identificar parcialmente por onde é que o fluxo está seguindo com mais força em determinado período de tempo. Isso se faz necessário porque ainda precisamos dessa ilusão de que temos algum tipo de controle sobre os acontecimentos; caso contrário, enlouqueceríamos. No momento em que se escreve este artigo, o lugar onde ocorre o maior fluxo concentrado de pessoas que acreditam nos novos paradigmas da Cultura Digital é o Ministério da Cultura brasileiro (MinC).

SOBRE A PRODUÇÃO

Os programas e as ferramentas abaixo descritas fazem parte do processo de incentivo à construção e ao compartilhamento de conhecimentos promovidos pela equipe da Cultura Digital brasileira:

Pontos de Cultura

Os Pontos de Cultura são um projeto de inclusão sociodigital que vai muito além da utilização geralmente atribuída ao termo. Tendo como base uma compilação que o governo fez de idéias e iniciativas emergentes de diversos coletivos espalhados pelo País, o projeto privilegia o pleno entendimento sobre os novos processos que caracterizam a essência da cultura digital, em que o acesso à Internet em banda larga é a peça chave para seu fluxo, sem, no entanto, ser a única. Trata-se de uma visão que intenta a expansão dessa cultura através do fomento à articulação colaborativa em rede, mas que também viabiliza a apropriação dos meios de produção digitais para uma produção multimída e autônoma. Foca-se na utilização e criação de linguagens através de
ferramentas livres de produção mediática.

Defendemos o ponto de vista de que todos os projetos governamentais que envolvam tecnologia devem utilizar a metodologia aplicada neste projeto, devido às suas implicações culturais, filosóficas, sociais e econômicas.

Os Pontos de Cultura são identificados através de vários aspectos. Como núcleos de prática e fomento da cultura, buscam fortalecer práticas inclusivas, baseadas na identidade cultural de cada região. Como espaços de ocupação e construção social, são salas de aula, galpões e fundos de quintal que podem ser transformados em pólos de experimentação, prática e difusão do conhecimento.

A autonomia é o alicerce desse espaço. A partir da cultura, cada comunidade pode garantir a sustentação política e financeira em cada ação realizada. Socialmente, significa a mobilização das pessoas em torno da produção dos bens culturais; economicamente, possibilita geração de renda.

Sendo selecionado pelo edital Cultura Viva, o ponto terá a sua disposição uma verba que, se bem gerenciada, poderá alavancar seu desenvolvimento e lhe proporcionar essa autonomia que, a longo prazo, estimulará outras iniciativas, gerando novos Pontos de Cultura. Cada ponto também receberá um kit digital, cuja utilização vai muito além do simples acesso à internet. Através de parceria com o programa GESAC, do Ministério das Comunicações, o acesso democrático ao universo da cultura digital contará com alta disponibilidade de tráfego em rede para a difusão de trabalhos feitos através do kit, que integra um estúdio multimídia que permitirá trabalhos com qualidade profissional nas 5 linguagens (áudio, vídeo, desenvolvimento de software, textos e imagem). Alguns desses projetos já dominam as tecnologias digitais, mas poucos utilizam software livre e outros nunca tiveram contato com essas tecnologias. Assim, o trabalho em colaboração com militantes do software livre que têm contato com organizações que realizam projetos sociais é essencial, tanto para articularem com elas e participar da implantação dos kits como para capacitar e viabilizar o uso pleno da tecnologia. Por isso, o pano de fundo é a própria articulação em rede, que busca fortalecer a cooperação e a troca de conhecimento (princípio do software livre) entre os pontos em diversas esferas, desde problemas com os kits até problemas comunitários e de gestão.

Sistema de Informação

Este banco de dados é o núcleo de um sistema de informação que orientará o processo de implantação de Cultura Digital nos Pontos de Cultura. Este sistema permitirá o cruzamento de dados para a seleção, acompanhamento e análise dos projetos, e também a avaliação das atividades realizadas ao longo do programa pelos pontos de cultura. Servirá à comunicação orgânica entre a coordenação nacional e regional de mapeadores e armazenará diversas informações sobre o mapeamento dos Pontos de Cultura. O desenvolvimento deste sistema foi efetuado levando-se em conta as necessidades de implantação de Cultura Digital nos Pontos de Cultura, e o resultado obtido é uma base estruturada de informações detalhadas sobre todos os Pontos de Cultura, possível de ser utilizada pelas demais ações do programa Cultura Viva. O sistema foi todo desenvolvido usando ferramentas de software livre e levando em conta a integração com outros sistemas legados. O servidor de banco de dados utilizado é o MySQL, e interfaces para navegar o banco de dados foram criadas em PHP e disponibilizadas na Internet, para que integrantes do projeto possam manipular essas informações.

Processo de Mapeamento

O processo utilizado para o mapeamento das entidades foi realizado por uma equipe de pessoas presentes em várias regiões do País, com bases em Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Brasília, Campinas, Curitiba e São Paulo. Destaca-se que esse processo foi realizado em conjunto com o desenvolvimento dos ambientes colaborativos propostos (Conversê e Estúdio Livre) e do sistema de informação entregue em anexo a este
relatório. Dessa forma, os dados levantados no processo de mapeamento já estão integrados aos ambientes colaborativos e ao sistema de informação, tornando-os funcionais e ativos desde já. A equipe de mapeamento é composta pelos coordenadores regionais, os Tuxauas1, que contam com a colaboração de pessoas ligadas aos pontos e de outros indivíduos que atuam em projetos da sociedade civil com temas e interesses correlatos ao programa Cultura Viva. Essa atuação produziu resultados positivos, pois criou uma dinâmica que integra Pontos de Cultura a entidades afins que não fazem parte do Programa, ampliando, sub-repticiamente, a atuação do Cultura Viva como um todo. Através deste relatório, procuramos mostrar como a ação de mapeamento, que produz informações alimentando um sistema de banco de dados, é importante para uma maior aproximação entre os envolvidos com o projeto. Isso possibilita um melhor relacionamento e reconhecimento entre eles, proporcionando a disseminação dos ideais do projeto, a solução de problemas, a adaptação da metodologia e a seleção de pessoas que ampliarão a equipe de implementação.

conversê.org.br

A equipe de cultura digital entende que, na busca de autonomia e sustentabilidade conceitual, até mais importante do que a interação dos pontos de cultura com o Ministério da Cultura é o relacionamento direto entre os próprios pontos, gerando convergências e fluxos de troca de informação fundamentais para o amadurecimento dos pontos.

O conversê foi planejado e desenvolvido como ambiente online para catalisar essa movimentação multilateral. Com plena consciência de que o contato virtualizado nunca poderia substituir a interação presencial, o conversê se concretiza, pelo contrário, como um ponto facilitador dos encontros pessoais.

Á notável em todo o mundo a predileção do brasileiro por ferramentas sociais na internet. Os weblogs, fotologs, redes sociais, como o orkut, ferramentas de mensagens instantâneas tiveram ampla aceitação em todo o mundo, mas, no Brasil, parecem se espalhar mais rapidamente e adquirirem uma presença grande no imaginário daqueles que já usam a internet. Cientes disso, optamos por mudar o caminho geralmente adotado em "portais" de projetos de inclusão digital: uma vez que a própria essência do projeto cultura viva é não somente "entregar" cultura, mas principalmente possibilitar a descentralização da produção cultural. Deixamos de lado no conversê o foco em "conteúdo" e nos concentramos no aspecto social do website como otimizador de conversas. Escolhemos para a função o software livre drupal, que permite uma grande flexibilidade de uso e interface.

Decidimos por não usar o modelo "weblog" com "comentários", considerando que cada pessoa que enviava alguma informação para o website queria, em última instância, propor um assunto para ser debatido, queria feedback sobre o que publica. Assim, o modelo usado no conversê é de "iniciar conversa" e "participar da conversa". Intrinsecamente, as figuras do emissor e do receptor da informação se confundem e se retroalimentam. Um trabalho de desmistificar a relação com a informação, fundamental para o pleno desenvolvimento do projeto.

Buscando a integração e a facilidade de uso para usuários com variados graus de intimidade com computadores, foram implementados também outros módulos, que fogem da instalação padrão do drupal, para estender as funcionalidades do sistema. Assim, foi possível criar espaços conhecidos por freqüentadores de redes sociais, como as comunidades, os recados pessoais, as mensagens particulares, o acompanhamento de conversas por e-mail e outros recursos.

O layout do website foi desenvolvido buscando criar uma identidade própria do conversê, mas mantendo o fácil acesso aos diferentes espaços de interação.

estudiolivre.org

Estudiolivre.org é um ambiente colaborativo para suporte à produção e difusão de mídia independente com Software Livre. Seu uso está inserido no contexto de desenvolvimento de novas formas de produção de mídia e de pesquisa no campo da tecnologia da informação.

A comunidade envolvida no estudiolivre.org percebe que o uso do software livre, no processo criativo, resulta no meio ideal para aumentar e melhorar a circulação de bens culturais. No entanto, estimular o seu uso e desenvolvimento ainda é tarefa difícil. A natureza humana tem muita dificuldade em aceitar mudanças paradigmáticas, e a novidade alia-se à falta de conhecimento e à complexidade de algumas ferramentas, aumentando ainda mais essa resistência. No caso específico dos países onde a língua inglesa não é fluente para a maioria da população, a dificuldade de uso é agravada pela falta de ferramentas na mesma língua do usuário. Os softwares multimídia livres encontram ainda mais barreiras devido ao desenvolvimento avançado das ferramentas proprietárias. Para suprir esse vácuo, o grupo mentor está executando, em parceria com o governo brasileiro, as instituições sem fins lucrativos e a sociedade civil, a instalação e manutenção de um ambiente interativo que auxilie o projeto de implantação dos Pontos de Cultura. Ao navegar através do site estudiolivre.org, o usuário percebe, na estrutura virtual embutida, não só a existência de informações na língua portuguesa, mas também as possibilidades de comunicar-se interativamente pela rede. A partir dessa percepção, ele passa a não mais se sentir sozinho com a novidade, e integra-se com mais facilidade ao processo.

Todas as ferramentas do ambiente estudiolivre.org são baseadas nos conceitos de software livre, conhecimento livre e apropriação tecnológica. Os estímulos à interação com este ambiente se apresentam através de weblogs pessoais, mídias para download, manuais para usuários, fóruns, grupos de pesquisa, discussões em lista e outras ferramentas de trabalho colaborativo diferenciado. Para interagir no site, o usuário deve cadastrar seus dados pessoais, informar que é o titular do material (fonogramas, imagens, audiovisual, softwares, textos, samples, etc.), que se está enviando para o estudiolivre.org e autorizar, sem exclusividade, a sua exibição e distribuição eletrônica; no endereço http://www.estudiolivre.org segundo as condições no Termo de Polítitica de Uso do site. Deverá também declarar que todos os direitos autorais do site foram integralmente satisfeitos e autorizados, responsabilizando-se exclusivamente de forma irrevogável e irretratável pelas informações prestadas e assumindo a responsabilidade referente a quaisquer reclamações de terceiros acerca do material ora submetido. Deve também estar ciente de que o estudiolivre.org não assume nenhuma obrigação relacionada à exibição e distribuição de tais obras e que não será devida nenhuma remuneração pelo material licenciado, exibido e distribuído pelo site. Este aviso é um resumo do Termo de Uso do site.

O algoritmo recursivo do uso deste ambiente resultará no fato de que as diferenças entre os termos usuário e desenvolvedor cessarão de existir, pois é a cultura em seu mais puro estado que influenciará a direção e o sentido de sua existência.


PALAVRAS CHAVE

Cultura Digital, Midiativismo, Ambiente Colaborativo, Conhecimento Livre.


REFERÊNCIAS

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