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ABERTURA :
CENAS DA ESCOLA DO AGROURBANO

BRANDAO:
escolas fechadas e escolas abertas, queria começar justamente pelo lado mais arquitetonico.




TITA
A linguagem da escola é "eu ensino, voces aprendem". Voces tem que aprender o que eu estou ensinando.



RUBEM ALVES
a gente tá falando de transdiciplinaridade...quer dizer, a idéia de transdisciplinaridade... a gente rachou tudo, cortou as partes do corpo, o corpo ta esquartejado, e agora a gente quer costurar pra ver se o corpo fica vivo. Ele não fica vivo.



ENSAIO BANDA CABAÇAL




ZE DO PIFE


Voces ja ouviram falar de um professor ou uma professora dar aulas sem saber ler, sem ser formado?
Pois 'é' eu!



ALUNO

Comecei assim, naquela base: via um motor girando, queria sqber como ele poraue que ele girava. Ai, muitas vezes pegava um quebrado, olhava dentro dele, tinha imas, tinha algumaz peças assim... eu ficava olhando, montava alguns, consertava outros quebrados, e depois veio aquelas experiencias com limao... fazer uma lampada acender com limao...
E foi nesse conhecimento assim, buscando os conceitos e tentando aprender. Nao de uma forma assim, pra atrair muitas pessoas, nem pra ficar conhecido, so mesmo pra desenvolver.


RUBENS

então todo mundo fala, é pra educar, ensinar, conscientizar.. todo mundo vai nessa. então pelo menos a gente precisa, se a gente vai fazer isso, tem que fazer da melhor maneira possível. Como é que a gente fazer isso da melhor maneira possível? Não com esse sistema de escola baseado na fábrica. ele é baseado na fábrica, o sistema atual.


DOUGLAS


Eu acho que aqui é uma escola diferente de todas. Aqui nunca... em nenhuma outra escola, eu tive a oportunidade de uma interaçao tao grande de professores e alunos e do interesse dos professores igual eu vi nesta escola.


CELIO

O pessoal considera aqui uma zona rural, mazs foi desvirtuado o projeto, hoje ja ta assim, fazendo parte de uma cidade.


DOUGLAS

No caso, o plano piloto. Voce ve apartamentos... as pessoas quase que nao interagem. Casa, trabalho. Trabalho, apartamento. E nao tem a precupaçao de parar na rua, conversar com alguem. Entendeu?
Entao acho que aqui faz a diferença por esse motivo. As pessoas se conhecem na verdade.


TV

Nem sempre os pais tem os conhecimentos, ou a coragem e a desinibiçao necessarias para covnersar com filhos e filhas sobre sexo.



BONECO

Eita!!!

Nasceu meu filho!!! Nasceu!


Eu to procurando aqui na Serra a minha comadre Piedade.
Ta ali?
O minha comadre Piedade, a bençao!

Amem!
Tamo tudo abençoado! O beleza!





BRANDAO

A nossa escola oficial, cada vez mais pragmatica, cada vez mais dirigida ao mercado, ou ao vestibular - que não passa de um outro mercado - foi matematizando o saber, foi cientificando de uma maneira extremada o saber, e depois foi funcionalizando pra um saber cientifico. Quando a gente ouve falar em matematica funcional, em ingles funcional e agora em portugues funcional, tem uma vivencia assi dessa perversão: ou sajea, vale o saber que é útil, o saber que é útil ao empresário, ao mundo so negocios.

então pra que aprender o portugues da adelia prado, da cora coralina, da cecilia meireles, do poeta e escritor jão guimaraes rosa, se eu posso apenas aprender o portugues que me facilita conversar com o computador, com o empresario. A mesma coisa com o ingles, a filosofia, que inclusive foi banida agora aos poucos volta a educação.



OFICINA DE BRINQUEDOS POPULARES

A gente vai fazer um traçado pra que o Mané Gostoso possa funcionar...


CELIO

estou aqui criando. Criando uma maleta confeccionada com disquetes. Cheguei atraves do forum dos metarecilceiros.
De um exemplo que eles tinha lá, fizemos nossa rosinha, a 'Margarida Caubense'.

Metareciclagem seria uma reapropriação do lixo tecnologico que é jogado.

Sou professsro convidado pra fazer parte de um projeto, o chamado proinfo. Quando a gente começou aqui, seira um apoio para o professor na sala de aula mesmo. Tamo ja na área da robotica, também no apoio indireto que a gente da na horta, na sala de aula também... os alunos ja vem aqui e fazem suas pesquisas...
A gente não precisa explicar nada, porque o conhecimento já está dentro do aluno.



SERGIO

Se a gente for ameaçar a estrutura disciplinar das ciencias, a gente vai ter um problema imenso, vão passar mil anos pra conseguir fazer isso, pra depois entao fazer as outras coisas... Não! Nós temos que aproveitar essa árvore que aí está e faze-la dialogar.

Abri-la pra essa abordagem transversal, relacional dialógica... fazer com que todas as disciplinas dialoguem no ambiente escolar...

Todas elas estão pensando isso. A matemática, eles sabem que os meninos são vão conseguir aprender matematica quando os problemas da relação, do número e da relação , porque isso é que é matemática, os números presentes no cotidiano.


RUBENS


qual é o ambiente imediato da criança? é a casa. Será que a casa da um programa? A casa dá um programa fantástico!


a criaça vai aprender a mexer com madeira. A serrar, a bater um prego. Por que o prego é assim, porque voce pode pregar um prego assim e a madeira não racha, porque quando a maderia racha, voce já começa apensar o meio ambiente.


Quimica? A coisa mais deliciosa da quimica é que a quimica começa na cozinha!


o banheiro é muito importante porque primeiro tem a a água. Aí voce vai discutir com a criança de onde vem a água, como é que é a água. A criança vai dizer de onde vem a água até que chega na conclusão de que a água vem do rio.

Aí voce tem toda a problematica ecologia das guerras da água que vão acontecer no futuro. Ta bom! aí eu vou dizer uma coisa muito importante que tem um negócio, um objeto mágico que faz desaparecer coisas fedorentas, puseram até um nome de jardinagem: vaso! Vaso, puseram o nome de jardim, vaso sanitário. Voce faz xixi, voce faz coco, aí voce já vem com a questão do Lavosier: o coco deixa de existir? Não, ele só se transforma, ele desaparece. Vai pra outro lugar. Aonde é que vai? Aí voce chega à conclusão, com as crianças que ele vai é pro rio!


Exatamente o mesmo rio de onde voce bebe agua. Aí, voce vai começar a calcular com as crianças - eu calculei sem muita precisão, mais ou menos por observação empírica - que a gente faz 250 gramas de coco por dia. Os americanos fazem um quilo, mas os africanos fazem só 10 gramas.


Ta bom! 250 gramas: agora vamos trabalhar com matemática. Se é 250 gramas, quantos habitantes tem sua cidade? Agora faz as contas: 100 mil vezes 250 gramas.


no mundo são 8 bilhões, cada uma fazendo 250 gramas de coco, são não sei quantos bilhões, trilhões! de gramas e aí voce reduz a toneladas e o negócio fica do tamanho do Himalaia! Aí voce tem a dimensão do horror! A gente não faz esses cálculo.


TITA


quando fala em liguagem fala em letramento, em fala. a gente começa o letramento na hora que sai da barriga da mae, ou até antes, nesse dialogo com o familia em relação aquele novo bebe. Essa criança vai desenvolvendo junto com a familia, junto com a familia todo oprocesso de linguagem, de letramento, fala! quando chega na escola, tem um corte. A escola dá uma linguagem propria, formada, sistematizada, que não é da criança,



CARROÇA DE MAMULENGOS

E quando chega vai vai para na pracinha, menino solta pum, até sai uma fumacinha


TITA



então há um rompimento, uma divisão.

E nós, através dos circulos de cultura, dos pontos de cultura, a proposta é não ter essa divisão, não queremos um mundo divido, uma linguagem dividida, uma fala dividida. Nós queremos uma linguagem onde todos possam trocar, falar, e se entender.

Então nos temos muitas dificuldades com filhos de trabalhadores nas escolas, porque muitas vezes eles são taxados, são chamados de burros, que não aprender, precisa chamar o psicologo...

Mas veja, como é que ele sobrevive?

Ele se sai muito bem no seu mundo, ele não sobrevive no mundo que não é dele. e os professores da escola não sabem entrelaçar esses 2 mundos para que a criança aprenda.

então, quando eu falava que as professoras pedem que o congadeiros pra irem na escola, desenvolvem atividades na escola antes, até pra aprenderem, o que acontece, essas professores estão tentando se inserir no mundo da mais amplo.

Dinamizar, trazer pra dentro da escola um mundo que antes não vinha. Essa é a nossa conquista. Não mudar a linguagem, é a linguagem que mantem a cultura e a cultura que mantem a luinguagem.

então a linguagem da sofisticação tecnologica, a criança filha do trabalhador dificilmente vai ter porque ela custa. e o salario do pai, da familia numerosa, não da pra custear.


Então esse entrosamento é que precisa ser feito, nós temos que reunmanizar a escola. Tirar a escola desse elitismo, dessa linguagem dominante, que é a linguagem que a gente não fala no cotidiano.



VIRGILIO

Aqui, a eu procuro reciclar. Reaproveitar coisas que nos temos o hábito de jogar fora: saco de papelão, embalagem, saco de cimento, material que é usado pra out-door, tubos de papelão ... a gente utiliza uns pra fazer móveis e outros pra fazer uns tamborzinhos como esse...
E usa o saco de cimento... e é mais um trabalho de pesquisa.

Basicamente é um trabalho de pesquisa que desenvolve pra aplicar com a moçada aí... a molecada de 14 a 18 anos, que é uma faixa de idade boa de trabalhar... e é pra mostrar a eles a possibilidade...

pra eles terem a certeza de eles são capazes de fazer alguma coisa.

Mas isso vem tempos atras. Eu já trabalhei na construção civil, já fui mestre de obras e abandonei justamente pra me dedicar a isso. Pra ter o dia todo pra poder me dedicar a isso.

Tem artesão que discute muito comigo. eles acham que a maneira que faço meu trabalho, não era uma maneira como eles levariam: eles acham que eu descobri uma técnica, que eu descobri a roda! eu não descobri nada, eu estou usando a roda que está aí o tempo todo.

E eles acham pelo fato de eu ter desenvolvido uma nova maneira de trabalhar com o papelão, eu não deveria passar isso pra ninguém, deveria ter umo um segredo. Mas aí, já se bate contra um principio que eu tenho de cidadania, que cidadania é quando você divide conhecimentos, quando voce troca conhecimentos. E isso é que é o bacana da estória.

Voce chegare num lugar, numa escola, em qualquer lugar e voce dividir conhecimentos. Voce ver que as pessoas se interessam por aquilo que voce faz, entendeu?


E isso é muito gostoso. Daqui a pouco voce tá criando novas coisas, novos objetos e reutlizando esse material que ta sendo descartado a todo momento.

O lance da reciclagem! Inclui aí a questão da geração de renda, inclusão social... a gente agrega tudo isso aí! E é nada mais do que um exercício de cidadania, isso de certa forma é satisfatório, dá um tom de felicidade pra gente.

Aqui nõs não temos estipulados horários de chegada, horários de sair, ninguém é obrigado a fazer nada, ninguém tem obrigação nenhuma. Cada um que faz o quer, ele que se obriga. Nos não temos figura de chefe, nem de patrão, isso nós não temos aqui.

então, eu primo muito pela aula livre, eu ensino, dou mais ou menos a idéia de como se trabalha o material, mas a criatividade fica por conta de quem ta fazendo. Se ele quiser: "Ah! eu quero fazer isso... " o que ele quiser fazer, eu ajudo.

E nesse estória que muitas vezes eu tenho aprendido muito com os aprendizes: "Ah, eu quero fazer um cofrinho, ou aquilo..." a gente vai se ajudando e dando um palpite aqui, outro ali... e vai fazendo


E esse lance de viajar com os Pontos de Cultura, é um troço muito interessante. Eu já to com 2 convites pra viajar: um pra ir pra Lençóis na Bahia, onde nasceu a Pedagogia Griô, e fazer umas oficinas lá. E não só fazer as oficinas... como aprender lá a vivência griô, pra mim vai ser fantastico, que depois eu vou poder aplicar isso...


VELHA GRIO CANTA:

não faça o mal a quem lhe faz o bem, eu vou ao mar depois eu venho.
E la no mar tem uma pedra, nesta pedra mora uma india.
Eu vi essa pedra balançar, essa india eu vou buscar


O exercio neste momento é isso: eu sou aquilo que sou.


Eu sou Isabel...


Sai das profundezes das aguas Nanã, ela vem e pergunta a Oxala "que tristeza é essa?"
Oxla: "eu estou aqui a um tempo sem nome, e não consegui fazer esse ser humano"
nanã diz " a não seja por isso!" ela pega tudo aquilo que oxala tinha tentado e leva pro fundo das aguas. Depois volta e tras lama, e diz:
"Oxala, vai constroi agora o ser!"
E oxala constroi o ser. E aí ele percebeu que aquele ser podia abrir os braços, virar a cabeça, movimentar-se já que ele era flexivel, a sintese de tudo que ele tinha juntado...
Ele chamou Olorum, para que desse vida àquele ser. Olorum soprou e o ser já saiu caminhando e cantando...

Assim foi criado o homem, sintese de tudo o que existe na natureza.

Como que nos vamos fazer pra ser algo de vida, para não ser mais uma lei, mais um curso, mais m trabalho...
Acho que aí entra essa coisa que a fatima coloca: nós sabemos já fazer isso? Ou estamos tentando mais uma vezes.

E acho que a resposta é isso o que estamos fazendo agora: juntando nossas grandezes, nossas dificuldades,nossas pequenezas, nosso não saber... acho que vai se justamente desse nosso não saber que a gente vai poder construir.

Taí, o que que a gente vai fazer? ?A gente pensa tanto... Conteúdo! Conteúdo, é uma palavra que me assusta! Conteúdo...



Rubem

Criar uma consciencia crítica... Eu odeio essa expressão: consciencia critica!
Todo mundo fala consciecia critica e ninguém fala consciencia lúdica, ninguém fala consciencia erótica ... e ninguém sabe o que é consciencia crítica.

O que que é?
O que que é?


MARCIO


a gente tem uma experiencia no município de Lençóis na Bahia, começou a trabalhar con oficinas artesanais e depois construimos uma proposta pedagogica de integrar os saberes da tradição oral nas escolas publicas atraves dos projetos pedagogicas dos professores. então a gente faz a capacitação dos professores e depois os professores constroem seus projetos e trabalham e constroem seus curriculos, na pratica, a partir da sua realidade, com o saber da tradição oral.




MESTRE GRIO


Igual eu to falando pra voce, se a pessoa faz da gente uma pessoa, a gente tem que fazer da outra pessoa a mesma coisa. Se ele me cumprimenta, se ele me abraça, conversa comigo, o que que eu vou fazer? dar o mesmo papo que ele deu pra mim, vou dar pra ele. Claro que tem que dar. Então, naquele momento vai crescer no ssentidos, vai crescer a ideia, vai crescer na amizade. Voce não conhece a pessoa, pela primeira vez mas sabe que ele é amigo.


CHICO SIMOES

Então nós temos pra começar, a gente identificar 250 mestres, identificar e apoiar, 250 mestres em todo o Brasil. Só 250. Esse começo é pra gente entende como isso pode funcionar, o objetivo é só esse: aproximar esses mestres, esses saberes que eles carregam, da experiencia da escola.

MARGARIDA (boneca mamulenga)

Que bom que a senhora ta aqui na escola, né, gente? Que aí tem uma mestra junto com as professoreas, que vão poder ensinar a gente um monte de coisas legais, né?


CRIANÇAS

Ééé!



WANDA


Conteúdo! Conteúdo me assusta!
Na realidade, paredece que agente vai encher uma garrafa e tampar e deixar lá. Eu sempre coloco assunto. Porque assunto, prosa é uma coisa que vai crescendo, vivendo, vai dizendo sim, vai dizendo não... é tão fluido!
Talvez a gente precise ao inves de dar aulas pras crianças, a gente precise aprender a acolher... Com a musica, como foi feito...
Acolher pra que a gente possa prosar. Assuntar com esas crianças.
Porque se nós somos o penúltimo pais do mundo ... a Bahia é o último Estado em educação, é sinal de que nós não estamos fazendo nada certo.

A questão agora é essa coragem de admitir: não estamos fazendo certo. Não estamos acolhendo nossas crianças ou não estamos acolhendo a nós mesmos pra fazer esse trabalho.



SÉRGIO

Então, esse fluxo de crítica do etnocentrismo é p programa das ciencias humanas hoje.

Essa preocupação num tipo de educação que valorize as inteligencias e não a inteligencia, que valorize as várias identidades e não uma identidade.

Isso tudo é alimentado por uma nova teoria da cultura, que ta atenta pros limites, pros problemas que essa abordagem eurocentrica, sexista, branca cristã produziu.



TITA

porque o fato desses professores que terem cursado uma universidade, terem tido contato com os teoricos e teorias diversas, eles não mudaram a educação do lar, da familia, do cotidiano.

Quem ta desenvolvendo esse papel mudança é a midia, a mídia que nos todos criticamos, e nos não temos acesso.



CÉLIO


TO vendo agora que a nossa perspectiva aqui na escola vai ser na parte de vídeo e áudio.
Depois de muito choro, consguimos aqui na escola um servidor pra trabalhar com Linux.
Eu acho mais aberto, é afilosofia do Linux mesmo, esse código aberto. Também vou nos fóruns, nas comunidades... aí recebo informação.

tem as distribuições na internet, voce baixa ela lá, bota no seu computador. Tem os programas, assim como o windows tem os programas pra edição de vídeo e de áudio, o linux tambem tem. A questão toda é a gente fazer essa migração e se familiarizar com o Linux.

Eu, com a minha pouca formação, mexendo aqui, mexendo ali, me tornei um fuçador!



SÉRGIO


Isso é invenstir na única coisa que interessa, então, num mundo que descobre as relações, as fronteiras.

Como é que a gente se encontra?

Esse lugar de encontro é de tensão, mas também é de diálogo. Então é o saber das fornteiras que vai nos ajudar, uma teoria das fronteiras que a gente precisa produzir.

e a modernidade tem 500 anos, a presença humana tem milhões, nós temos milhóes de anos nessa área.. de experiencia, anterior à modernidade.

E ela foi sendo acumulada e virou cultura, virou linguagem, mas virou e saber popular, saber prático .
E isso foi perdido com esse saber muito abstrato, isso não pode ser descartado, ele só precisa então ser reconstituido. A gente precisa fazer um novo movimento na arvore, mas é nesse sentido: botar vida, cotidiano, experiencia em todas elas, de novo.


TITA


Uma das mudanças radiais que aconteceram junto com os pontos de cultura, que eu vou agregar agora, primeiro a nossa discussão quanto a questao de cotas, e a segunda é o prouni, atraves do enem, que esta abrindo uma luz no fim do tunel em direção à universidade para os filhos dos trabalhadores.


essas soluções, esses encontros apareceram junto com os pontos de cultura com a instalação dos pontos de cultura. olha como a coisa é muito mais ampla e significatica do que a gente pensa!
A gente não pode limitar!
A gente está procurando sair dos limites , que é a possibilidade de entre nós, politicamente falando, é agora que nos estamos vivendo a abertura política,desde o momento que deu fim ao golpe militar. Então a gente tá abrindo um caminho.


SÉRGIO


Então pontos de cultura, o que que é?
Me parece que toda enfase foi essa: coisas que já existiam, que sempre existiram.
Artistas, jovens, adultos, mestres... gente que porta os valores da cultura brasileira!

E pensar a relação entre pontos de cultura e a estrutura da educação formal brasileira, é pra mim, essencial. É o passo que então deve presidir a política cultural do governo lula, se é que nos podemos realmente pensar o governo lula, se é que a esquerda ainda tem lugar no segundo governo lula. Se é que a gente não vai se perder, se é que gente não vai esquecer todo o projeto da esquerda brasileira montada no final do sec 20, depois da ditadura e da construção da democracia brasileira.


A questão é essa, ta tudo em jogo aí, educação e cultura, é o único lugar onde a gente ainda pode influenciar, porque não se ouve o que se passa no planalto da avenida paulista, caetano já falou isso.



MESTRE ZÉ OLIVEIRA


Essa minha rabequinha é meus pés e minhas mãos! Minha roça de mandioca, minha farinha meu feijão, minha lavra de cana, minha safra de algodão.

Dela eu faço a profissão, que eu não posso trabalhar: o padre vive da missa, o sacristão de ajudar. Eu só vivo da rabeca que eu não posso trabalhar!!





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Última alteração: 06/12/2007 às 10:16, por: pclivres