maria maia, lucas do rio verde

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pedrobayeux

por: pedrobayeux em: 18/06/2007
                  
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Uma cidade de 18 anos no meio do mato grosso com mais de 65% de sulistas. Monocultura, Blairo Maggi e estátua de porco. Poodle fantasma e escolas públicas com piscina. O Lucas, que morava no rio verde, repousa em algum canto de goiás, diz a lenda.

Aqui, no Ponto de Cultura, que fica no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, há um encontro entre vários produtores do campo. Acabo de ver um vídeo feito por eles com uma frase que serve de metáfora para o contexto digital: a cena é numa periferia, perto da floresta amazônica - talvez num subúrbio causado pelo gado, talvez pela soja - e o narrador diz: ”com o agroflorestamento, as pessoas deixam de ser consumidoras e tornam-se produtoras”. A punheta dos tempos da faculdade, onde requisitava-se paul virilio, baudrillard e levy para discernir o virtual e o real tem aqui sua analogia clara.

O agroflorestamento é uma forma de combate à monocultura, real, palpável - o software livre (opção ao maior monópolio da computação) pode ser comparado a este processo de renovação do solo deteriorado, em que pequenos agricultores estão cultivando de forma colaborativa, plantando em pequenos espaços diversas sementes distintas, criando diversidade em uma vizinhança onde as emas se perdem no meio de tanto milho - fora a soberba da soja e do gado na região.

Ontem gravamos três músicas de Maria Maia, maranhense que veio para cá atrás do garimpo do ouro, na Era Collor. Não deu certo. Foi assentada no norte do estado, quase no Pará. Breve coloco a entrevista online.
Agora vejo ela em frente ao computador, pedindo ajuda.
- maria, o que procura?
- minha mãe, que desapareceu em 1961

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